quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estantes de livros organizam, decoram e economizam espaço

Ter uma estante de livros é o sonho de muita gente. Para mim, o charme que esse móvel traz para um ambiente é inegável. Eu amo estantes e vi um projeto lindo de uma arquiteta australiana que me inspirou para este post.

Se você adora livros, revistas, CDs invista numa boa estante. Você não precisa ter uma biblioteca enorme e sala grande para isso. Uma estante pode fazer a divisão entre um cômodo e outro, ela pode ficar no vão de uma escada, ela pode ser uma porta, pode pegar um espaço no corredor, no vão de uma coluna. Em qualquer lugar você pode colocar prateleiras e livros. Dão vida e economizam espaço, organizam e também decoram!

Projetos: Verônica Macedo

REGRAS E DICAS
Faço projetos sob medida e quase sempre é possível aproveitar cada cantinho da casa. Na maior parte das vezes quem dita o móvel é o tamanho dos livros que você têm, a quantidade de revistas, de objetos de decoração, CDs etc. Mas há casos em que quem dita o móvel é o espaço. Se você tiver só um cantinho, a profundidade da estante vai ter que ser a que você tem disponível e tudo bem se não couber todas as suas coisas, se já ajudar a organizar uma parte está ótimo.

De qualquer forma, a regra básica para uma estante é ter a profundidade entre 30cm e 35cm e a altura de 30cm, geralmente. É uma altura muito boa para abrigar vários tamanhos de livros sem ficar desproporcional. Mas é sempre bom deixar uma prateleira entre 38cm e 40cm, para aqueles super livros. Na hora de decidir pela espessura da madeira ou MDF é importante que as faixas/tábuas da vertical sejam mais largas que as que estão na horizontal ou podem ser exatamente iguais, nunca o contrário. Isso gera um desconforto visual.

Marcenaria - Neste site http://pt.wikihow.com/construir-uma-estante-de-livros ensina a construir uma estante. Vale dar uma olhada.

Neste Blog "Respira Mariana" há dicas interessantes e croquis com medidas e modelos. 

Se você buscar na internet vai encontrar milhares de projetos de estantes, lindas, grandes, pequenas, diferentes. Muitas inspirações. Eu escolhi algumas para postar aqui com algumas funções.

DIVIDINDO AMBIENTES
Vou começar pela criação da australiana Ben Milbourne, do escritório Bild Arquitetura. Nesse projeto ela divide com a estante o quarto da sala. 





ESPAÇO PRÓPRIO
Esses dois projetos abaixo são de estantes com bastante destaque e em espaços próprios.

Projeto: Luciana Penna

Projeto: Gabriela Marques


APROVEITANDO O ESPAÇO AÉREO
Uma estante ou prateleiras para livros podem ser encaixadas em qualquer local da casa. Nesses dois projetos ambas são feitas aproveitando o espaço aéreo. Uma da sala e outra do quarto. Não tem desculpa, não é verdade? E ficou super charmoso.




APROVEITANDO O VÃO DA ESCADA
Projetos na internet de estantes abaixo de escadas têm aos montes e sempre ficam ótimos. Dou destaque para o projeto da arquiteta Gabriela Marques, que sabendo que a profundidade de uma escada (80cm mínimo) é bem maior do que a de uma estante (35cm), ainda criou uma parte móvel para melhor aproveitamento do espaço.

Projeto: Gabriela Marques




UTILIZANDO ESPAÇO DE COLUNA E SERVINDO DE PORTA
Esses dois projetos de arquitetos diferentes, americanos, mostram que só não tem estante quem não quer. 
Projetos: Thad Wende e De Forest Arquitetura 

Tem dúvidas ou dicas para outros posts? Manda para mim. Vou adorar responder.

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domingo, 22 de junho de 2014

Sala de apartamento: um mix do rústico com o vintage e o contemporâneo

Não costumo postar no blog fotos de trabalhos meus. Mas confesso que quando vi a renderização* desse projeto não resisti. Eu, pessoalmente, gosto muito da mistura de materiais rústicos com itens de outros estilos. Quando o projeto o convida a esse desafio você precisa ter muito cuidado para coordenar esses elementos de forma harmoniosa. Acho que o resultado dessa proposta demonstra bem como a mistura dos móveis existentes da cliente, com os que serão adquiridos e os revestimentos foi bem sucedida. Me deu trabalho, mas adorei fazer. ;)

Na entrada do apartamento um aparador vintage (Meu Móvel de Madeira)
coordena com a poltrona de família Berger, que foi reformada com
tecido escolhido na Tenddagio. O pendente Anel Branco da Art Maison
foi o eleito para dar um ar delicado ao conjunto.

O piso escolhido pela cliente foi de madeira. O assentamento foi o tipo
"escama de peixe" (os caras detestam porque dá o maior trabalho de
colocar), sugeri a aquisição de duas poltronas vintage (Desmobília) e
mesa lateral coordenando com o sofá existente. Na parede das poltronas
uma escultura de madeira arremata o conjunto.

Trazer unidade à parede que abriga sala de jantar e de estar foi um
desafio à parte. Um painel em aço corten resolveu o problema, trazendo
um toque de sofisticação e um ar despojado ao ambiente. Os quadros
que eram referência da cliente, revelam um pouco da sua alma carioca. 

Na varanda, dei vida e cores às paredes opostas uma a outra. O amarelo
foi escolhido para conversar com os pufes existentes na cor azul. A parede
vermelha com o quadro Jubilation, de Keith Mallett (a venda no site
All Posters) conferiu um ar mais brasileiro e descontraído ao espaço.

O pequeno armário é pouco profundo, mas ajuda a abrigar alguns objetos
da cliente. As plantas trazem vida ao espaço urbano.

*Ah, renderização é um processo digital que finaliza um trabalho, esse termo é utilizado em modelagens 2D ou 3D, em áudio ou vídeo. No caso de um Projeto de Design de Interiores ele faz parte da fase do Anteprojeto, em que modelamos num programa de computador como vai ficar o ambiente, as cores, os móveis de referência, os revestimentos etc. Eu faço essa parte toda, o cliente aprova e depois mando renderizar (com um amigo super), pois o desenho 3D, digamos assim, fica mais próximo da realidade, o ambiente ganha luz artificial e natural, o piso ganha brilho, assim como os objetos... como exemplo são essas imagens que você acabou de ver e aquelas fotos em panfletos de prédios que serão lançados, parecem muito reais, né!?

Imagina que bacana você ter fotos como essa para usar como referência na hora de executar o projeto de design e decoração da sua casa. Entre outros serviços, é isso o que um profissional de Design de Interiores pode te oferecer. A vantagem desse método que já apresenta uma projeção em 3D é o cliente não ser dependente do profissional e poder executar sua obra e compra de mobiliário conforme o seu tempo e bolso.


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terça-feira, 8 de abril de 2014

Antes e depois: quem não gosta de ver?

Há um tempo acompanho o blog Achados de Decoração. Na verdade, não é só um blog, tem uma loja virtual super bacana da Carmen Martins, a Boutique de Achados. Quem ainda não conhece recomendo a visita.

Hoje, por meio do blog Achados, conheci dois designers: Colin & Justin. Eles postam em seu site fotos do "antes e depois" de seus projetos. Como eles atuam nos Estados Unidos, há uns projetos meio extravagantes e então selecionei os que mais gostei. Fotos do antes e do depois são sempre tão bacanas de ver e servem para abrir nossos horizontes.

Então, o exercício de hoje é explorar possibilidades com o olhar. Vamos lá!

QUARTOS 

A transformação desse quarto foi enorme. Veja como
ganhou amplitude com a troca do piso, paredes e roupa de
 cama clara.
Os móveis escuros também fechavam o ambiente.

Cores claras nos móveis e a retirada de bagunças da visão
foi fundamental nesse cômodo. Veja que atravancar
passagens sempre é péssimo. o Piso em tábua corrida
compondo com o papel de parede alongaram o quarto.

Aqui a mudança foi no sentido de clarear o ambiente. A
troca essencial ocorreu no piso, nas cortinas e roupa de cama.

Quanta diferença de estilo. O vermelho brega e antigo
foi substituído pelo cinza e preto, garantindo profundidade.
Quarto clássico, caráter masculino e super chique.

Cores claras para ambientes pequenos são sempre
recomendadas. Os móveis são os mesmos. Foram
apenas pintados de preto. A disposição também
melhorou muito o espaço.

SALAS DE JANTAR

A sala ficou bem extravagante, excêntrica. Mas nada
se compara ao que ela era antes. 

A mudança aqui não foi tão grande. Mas as cores diferentes
deram cara nova à clássica sala de jantar.

Esse ambiente é no mínimo estranho. Características
de decor bem americanas mesmo. A troca da cor da parede
por um papel mais claro e a aquisição de cortinas de veludo
vermelho foram as peças chave.

Amei esse projeto. O laranja e branco formam composições
super modernas e alegres.

O estilo clássico foi mantido, mas com um pouco mais
de romantismo nos móveis brancos com tons azuis.

SALAS

Olha só essa transformação que maravilhosa! O ar moderno
tomou conta do ambiente antes super entulhado e over!

Como disse, há projetos que eu jamais proporia. Por exemplo
essa sala toda lilás. Mas precisamos concordar que está
mil vezes melhor do que antes. Mania que esse povo tem
de entulhar os ambientes. Desapega! Menos é mais!

Outra aposta de branco com laranja super bem sucedida. 

Quanta diferença nesse projeto. O branco, turquesa e
o piso rústico deram um ar delicado e country na produção.


E ai, gostou? Deu vontade de fazer um antes e depois na sua casa? Espero que sim.


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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A iluminação certa para cada ambiente

A iluminação correta é um dos grandes trunfos de um projeto de interiores. Assim que o cliente aprova o layout já é possível planejar que tipo de iluminação é mais indicada para cada local. Se tiver 3D do projeto melhor ainda, pois o ideal é fazer a planta de luminotécnica depois do anteprojeto aprovado.

Na etapa construtiva, o projeto de iluminação vem logo depois da conclusão dos estudos de instalações elétricas. Os circuitos (o que liga o quê) também são importantes e devem ser desenvolvidos logo que for definida a planta de iluminação.

Agora, veja como acertar na iluminação de cada ambiente da sua casa:

Hall de entrada - clara, com luz indireta (arandela, balizador, por exemplo). Se houver algo a destacar, como quadro ou escultura, planejar foco (spot) de luz.


 Sala de estar - iluminação cênica com focos que valorizem quadros, objetos decorativos... A iluminação é cênica, pois o mesmo ambiente deve comportar diferentes atividades. O uso de dimmer (aquele controle da intensidade da luz) torna o ambiente mais aconchegante. Na sala de estar aposte em abajures.


 Sala de jantar - lustre ou pendente sobre a mesa de jantar. O foco deve recair apenas sobre os pratos (mesa), sem interferir na visão das pessoas. Caso haja bufê ou aparador, direcionar uma luz (embutida ou spot) para eles. A mesma coisa serve para quadros e objetos que mereçam destaque.



Escritório - luz suave, com focos (luminárias de mesa ou de pé) nas áreas de leitura e de trabalho. Lâmpadas frias evitam aquecimento e permitem economia.



Corredores - suave. Embutidos ou balizadores (LEDs) podem ser usados à noite, quando não há necessidade de muita luz. Focos bem distribuídos ao longo da circulação clareiam e dão a sensação de ambiente amplo.




Quarto de casal - iluminação indireta (embutida) com dimmer e luminárias de leitura para as cabeceiras. Focos direcionados para a mesa de trabalho, se houver.




Quarto de criança - plafons ou luminárias suspensas deixam a iluminação difusa e delicada. Fitas de LED em prateleiras ou detalhes de gesso deixam o ambiente confortável e à meia luz para a hora do descanso.


Banheiro - focos bem distribuídos e direcionamento especial para a bancada. Dar preferência a luzes nas laterais do espelho, que não produzem sombra no rosto. Uma luz geral é funcional na higienização do espaço.



Cozinha - luz fria, geral. Pode-se iluminar a parte de dentro dos armários e também jogar luz sobre bancadas.


Área de serviço - luz fria e geral.




Mas afinal, o que é luz direta, indireta...?

Direta - ilumina o ambiente todo, sem reflexo no forro ou nas paredes. Mas, se as luminárias não estiverem bem posicionadas, podem causar ofuscamento. Esse tipo de iluminação é pouco indicado para salas de estar, TV e mais apropriadas para ambientes de permanência curta, exemplo: banheiro, despensa..

Indireta - obtida com o uso de sancas, arandelas, plafons indiretos, luminárias de pé e abajures, atinge uma determinada área depois de ser refletida em alguma superfície. Como o local pode ficar escuro, às vezes precisa de complementação de luz localizada. Ideal para ambientes de longa permanência.

Difusa - oferece boa incidência de luz ao ambiente, sem criar zonas de sombra, a partir do uso de luz direta ou indireta. Luminárias e lâmpadas leitosas produzem esse efeito.

Concentrada - luz direta e com foco - de spot, por exemplo - usada quando se quer dar destaque a elementos decorativos (quadros, esculturas) ou facilitar atividades, como leitura e trabalhos manuais.

Localizada - a luz atinge apenas determinado ponto do ambiente, como no caso de lustres pendentes sobre a mesa de jantar.

O maior erro de um projeto de iluminação feito por um profissional não-habilitado é valorizar tudo, sem destacar nada, colocar spots e luminárias em todos os lugares, sem criar cenários, sem direcionamento; não equilibrar zonas claras e escuras; usar mais lâmpadas do que o ambiente comporta, causando desconforto e desperdício de energia; criar boas soluções, mas sem levar em conta o bolso do cliente... aliás, isso para mim é pecado mortal.

Aproveite as dicas! E bom feriado.



Por Verônica Macedo com Revista Morar - F.S.Paulo - 30.05.2008
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